Pattern Matching #1

Pattern Matching, 2013 (Fragmento)
Camisa de algodão, marcador vermelho /Sala José de Brito, Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.
Cotton shirt, red marker / Room José de Brito, School of Fine Arts, University of Porto.
H.264 1080i50; PAL 16:9; 00:53:28 (Colecção Núcleo de Arte, Oliva)

 

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Pattern Matching, 2013 (Fragmento)
Fio de algodão vermelho bordado em camisa branca de algodão.
Red cotton thread embroidered in a white cotton shirt.

 

Pattern Matching é um exercício de correspondência entre dois desenhos: um padrão horizontal de linhas paralelas bordadas numa camisa, à distância de 5 mm entre si, e a imagem motora criada pelo gesto desenhado na tentativa de as reproduzir com a fidelidade possível.
Num desenho linear e contínuo, uma personagem de olhos fechados procura reconstituir, à volta do seu corpo, os gestos rigorosos do mesmo padrão criados pela máquina de costura, procurando manter a exacta distância entre cada linha, num esforço improdutivo de controlo, repetição, memória e desorientação.

«Pattern Matching» is an exercise of correspondence between two drawings: a horizontal pattern of parallel lines embroidered in a shirt, distancing 5 mm from each other, and the motor-imagery created by the drawing gesture in its attempt to reproduce them as accurate as possible.
In a continuous and linear drawing, a closed-eyed character attempts to re-enact around his body the rigorous gestures of the same pattern created by the sewing machine, trying to keep the exact same distance between the lines, in an unproductive effort of control, repetition, memory and disorientation.

 

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Sem Título (Ensaio para Pattern Matching, primeira versão) / Untitled (Working Drawing for Pattern Matching, first version), 2013.
Aparo, Aguarela, lápis, óleo, fita adesiva, fotografia sobre papel translúcido.
Pen, Watercolor, pencil, oil, tape, archival photographs and tracing paper.
56,5 x 76,5 cm
A primeira versão de Pattern Matching, concebida num desenho para uma acção nunca realizada, era composta por uma linha de figuras, todas executando os mesmos gestos de forma sincronizada. O final de uma linha traçada pela primeira figura dava início à linha traçada pela segunda, e assim sucessivamente, numa relação de causalidades até que toda a superfície dos corpos alinhados estivesse exaustivamente preenchida com modulações do mesmo padrão. A acção funcionaria como uma máquina de Rube Golberg, produzindo uma reacção em cadeia de gestos supérfluos e absurdos, de complexidade desnecessária e esforço improdutivo.
A espera para a realização desta versão, e a frustração pela impossibilidade de a concretizar, levou à produção da série de desenhos protocolares com o mesmo nome.